quarta-feira, 15 de maio de 2013

Anísio rechaça discurso reacionário de Hugo Motta contra médicos cubanos


Anísio rechaça discurso reacionário de Hugo Motta contra médicos cubanos
Em visita à ALPB, nesta terça-feira (14/05), uma comitiva de médicos e estudantes de Medicina, acompanhados pelo deputado federal Hugo Motta (PMDB) dialogou com os deputados estaduais, demonstrando sua contrariedade à medida anunciada pela presidenta da República Dilma Rousseff de trazer para o interior do Brasil seis mil médicos cubanos.

O deputado estadual Anísio Maia (PT) se colocou à disposição das entidades representativas da categoria (Sindicato dos Médicos da Paraíba e Conselho Regional de Medicina), no sentido de ouvir suas reivindicações e de intermediar uma solução junto ao Governo Federal.

Anísio, no entanto, rechaçou o discurso proferido por Hugo Motta, que afirmou que a presidenta Dilma pretende, com a medida, enviar dinheiro para Cuba através dos médicos. “Este tipo de discurso de direita, reacionário, anticomunista, mais se parece com o que dizia a velha UDR. A presidenta Dilma tem a melhor das intenções com esta medida. Não quer passar por cima de ninguém, mas sim levar aos rincões do nosso País médicos que possuem não só qualificação técnica, mas também um profundo senso humanista, pois assim é a formação de um profissional da Medicina em Cuba. É por isto que, naquele País – que sobrevive, há cinco décadas, a um bloqueio econômico e social imposto pelos Estados Unidos – se verificam os melhores índices de IDH do nosso Continente. A saúde e a educação cubanas são um exemplo para todo o mundo”.

“Muito me estranha que um parlamentar do PMDB, da base do Governo Federal, como o deputado Hugo Motta, venha aqui fazer o discurso da UDR, da ultradireita brasileira, questionando desta forma uma política do Governo. Nós estamos abertos ao diálogo, mas um diálogo de argumentos, de alto nível, e não na forma de provocação, como se estivesse ‘jogando pra galera’ por ser ele também um médico”, criticou Anísio Maia.

Em carta distribuída na ocasião, o Simed-PB e o CRM-PB cobram do Governo Federal mais investimento na saúde pública para fixar os médicos no interior do País, como uma melhor infraestrutura nos ambientes de trabalho e planos de cargos e carreiras.

“Parte do problema das más condições de trabalho para os médicos no interior do Brasil é que muitos prefeitos preferem, por exemplo, gastar 400 mil reais para contratar uma banda de música para um show do que investir na construção e reforma dos postos de saúde, dos hospitais. Também o Governo da Paraíba tem implementado uma política neoliberal de privatizações na saúde, como no caso do Hospital de Trauma, em João Pessoa. O descaso realmente é grande com a população mais pobre e, no caso das cidades do interior, é ainda pior: em Patos, que é a cidade de origem do deputado Hugo Motta e uma cidade-polo da Paraíba, a quantidade de óbitos no Hospital Regional assusta a qualquer um. É contra isso, principalmente, que temos que nos levantar para combater!”, finalizou Anísio.

SÃO BENTO AGORA PB Com Assessoria

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