Segundo a parlamentar, ao acompanhar uma paciente durante esta semana que necessitava de atendimento no HRP, a vereadora presenciou cenas absurdas naquela unidade hospitalar.
Lucinha contou que a senhora estava bastante debilitada e necessitava de um leito na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital, porém, todas as vagas estavam preenchidas. Uma pessoa ligada à família da paciente tinha ligação com a Secretaria de Saúde do Estado e interveio, exigindo uma vaga para a senhora.
De acordo com a vereadora, o atendimento no Hospital Regional acontece através de influencia, já que após o contato mantido com a Secretaria, um dos leitos da UTI foi desocupado para a referida paciente.
Embora atendida, ao dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva a senhora não resistiu e veio à óbito.
Ao aguardaram a liberação do corpo no necrotério do hospital, mais uma irregularidade foi constatada pela vereadora. Lucinha disse que após a morte, os corpos ficam jogados em uma sala escura: “Não existe iluminação, tudo está quebrado, nem porta tem ali. No Hospital Regional não existe respeito com o paciente, muito menos após a morte. A cidadania não é garantida naquele lugar, pois isso além de ser um desrespeito com o ser humano é também com as famílias dessas pessoas”, desabafou.
Lucinha ainda disse que diariamente mais de cinco pessoas vão à óbito no Hospital Regional: “É um absurdo o que continua acontecendo ali. O Governador não age e não tem o menor respeito com o povo de Patos, pois admite que irregularidades como estas aconteçam naquele lugar”, disse.
Vários vereadores apoiaram a parlamentar durante seu discurso. A Presidente da Câmara, Nadigerlane Rodrigues, disse que a situação no HRP chega a ser criminosa: “Estão omitindo assitencia médica as pessoas e isso é crime. Deveria ser processado desde o governador do estado à gestora de Patos por permitirem tamanhos absurdos”, revelou.
Já o vereador Ivanes Lacerda também denunciou abusos existentes no hospital: “Tem médico que chega, deixa o carro ligado, assina o ponto e vai embora. Acredito que muita coisa que ali acontece o governador não tem conhecimento”, revelou.
A vereadora Lucinha ainda pediu aos colegas que retomassem as discussões da Comissão Especial de Saúde, que foi criada no dia 27 de março do corrente ano, com o objetivo de acompanhar o processo de gerenciamento e atendimento oferecido pela rede de saúde pública de Patos.
A crise no Hospital Regional de Patos vem se arrastando há vários meses e embora várias denúncias já tenham vindo a público, nenhuma providencia foi adotada até o momento.
SÃO BENTO AGORA PB Com maispatos.com
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