Ao todo, 38 pessoas, dentre elas 12 da Polícia Militar, 9 da Polícia Civil e um funcionário do Detran-PB que se dizia informante. Segundo o gerente executivo do Sistema Penitenciário da Paraíba, Arnaldo Sobrinho, os não oficiais irão cumprir pena no complexo de segurança máxima PB1, em Jacarapé. Já os oficiais irão cumprir pena na 3ª Cia de Cabedelo.
Os mandados de prisão foram cumpridos em João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari e Cajazeiras, na Paraíba; e Recife e Petrolina, em Pernambuco. No bairro de Mandacaru, na Capital paraibana, os policiais invadiram uma casa na avenida Iaiá Paiva. A rua foi cercada, mas dois policiais militares que moravam no local não foram encontrados. O imóvel foi revistado e documentos foram levados.
De acordo com o delegado Milton Rodrigues Neves, da Polícia Federal, a operação teve o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por integrantes de forças policiais locais e homens que atuavam como seguranças particulares clandestinos. De acordo com a investigações, eles atuavam em todo o Estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra não-habilitada, despreparada e portando armamentos ilegais.
Durante a investigação das organizações criminosas desarticuladas constatou-se, ainda, a prática de diversos crimes, dentre os quais o tráfico ilícito de armas, lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção e a atuação de um grupo de extermínio. Entre os presos na 'Operação Squadre' estão integrantes de três diferentes milícias.
Foram expedidos 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas judiciais. Cerca de 400 policiais participaram da operação.
Apesar da ameaça, o Secretário, Cláudio Lima, informou que não vai melhorar sua segurança pessoal: “Não melhorei e nem vou melhorar porque nós já temos um sistema de segurança. Quem entra nesse ramo não pode ter medo.”
Mais criminosos
Um grupo de extermínio era comandado por dois oficiais da Polícia Militar - Major Gutemberg e Capitão Nascimento. Segundo a PF, o grupo realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de “laranjas”. O grupo, que contava também com o apoio de um delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Outra quadrilha de milicianos seria formada por policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos. Os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
Cooperação
A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a participação do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e dos GPIs (Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal) de diversos estados.
SAOBENTOAGORAPB Com Portal Correio
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