
Os resultados das amostras de solo do primeiro alvo (Alvo Damião) apresentaram anomalias (presença) para ouro ao longo de mais de 1.200 metros de profundidade. O que significa, segundo o pesquisador e geólogo Aderaldo Ferreira, que foram identificadas concentrações do minério que exigem um nível de pesquisa mais avançado. “Se os estudos apontam para um resultado satisfatório, surge a necessidade de maiores investimentos para aprofundar as pesquisas para depois partir para a exploração, mas, até lá, leva um tempo”. Segundo a mineradora, as amostras de solo coletadas nos outros cinco alvos estão no laboratório em processo de análise.
Para o engenheiro de minas, José Soares Brito, esse tempo pode durar de cinco a dez anos. “A sondagem é a segunda parte do processo e passar para ela não quer dizer que exista uma reserva. No entanto, se houver novos resultados positivos, vem o cálculo da reserva de minério e o estudo de viabilidade de extração. Por isso uma boa pesquisa leva anos para terminar. É um processo delicado, mas o Estado tem, sim, um potencial e esperamos que eles encontrem bastante ouro na Paraíba”, diz.
No relatório dos estudos, a empresa registra a área do município de Igaracy como tendo excelente logística para a exploração, em virtude do acesso pavimentado. A All Ore acrescenta que há 39 pedidos de exploração para uma área adjacente ao ‘Igaracy 1′, de aproximadamente 64 mil hectares. Outro ponto a favor da cidade paraibana é a distância de 180 quilômetros e de 310 quilômetros para os aeroportos de Juazeiro do Norte, no Ceará, e de Campina Grande, respectivamente. A multinacional classificou como ‘bastante satisfatórios’ os estudos de geoquímica e geofísica do projeto paraibano e apresentou ainda uma foto na qual havia minério contendo ouro em filão de quartzo na área de Igaracy.
A All Ore Mineração, companhia controlada por investidores alemães, é a antiga Steel do Brasil. Em junho, a All Ore comprou a Zanka 06 para obter os nove alvarás de pesquisa de ouro na região de Igaracy, na Paraíba. Em junho, ela anunciou dois novos contratos. A compra de áreas de pesquisa de ouro estimadas em 25 mil hectares no rio Tapajós, no Pará.
SAOBENTOAGORAPB Com JornaldaParaíba
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