quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Justiça autoriza exumação no corpo da adolescente Tayná, afirma advogado da família

Justiça autoriza exumação no corpo da adolescente Tayná, afirma advogado da família
A Justiça do Paraná autorizou a exumação do corpo da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, morta no mês de junho, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, segundo afirmou o advogado Luis Gustavo Janiswoski, que representa a família da menina, nesta quarta-feira (28).

O pedido foi protocolado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O advogado não soube dizer quando a solicitação foi deferida. A decisão favorável à solicitação foi da juíza Aline Passos, da 1ª Vara Criminal de Colombo.

O Ministério Público não se posicionou quanto ao pedido de exumação do corpo da adolescente. Porém, um trecho da decisão da juíza, diz que o pedido do MP foi deferido. "Na oportunidade, decretou-se o sigilo da medida, tal como se deu nos autos de Inquérito Policial que tramitam em relação à morte da adolescente Tayná Adriane da Silva". O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) informou que, como o caso corre em segredo de justiça, a juíza também não se pronunciará.

A garota sumiu, em Colombo, no dia 25 de junho. Dois dias depois do desaparecimento, quatro homens, que trabalhavam em um parque de diversão da cidade, foram presos. À época, a polícia informou que eles haviam confessado que violentaram e mataram a garota.

Dias depois, a perita da Polícia Científica, presente no momento em que o corpo de Tayná foi achado, afirmou não ter encontrado indícios de estupro. A partir daí, as investigações tomaram outro rumo e toda a equipe da delegacia responsável foi afastada. Houve, inclusive, a denúncia de que a confissão ocorreu sob tortura, e 14 policiais foram presos.

A mesma solicitação tinha sido protocolada pela família da adolescente no dia 7 de agosto, mas foi negada na segunda-feira (26), uma vez que a juíza autorizou a exemução protocalada pelo MP.

A família havia feito o pedido devido às contradições no caso, de acordo com o advogado. “Instituto de Criminalística diz uma coisa, IML [Instituto Médico-Legal] diz outra e Polícia Civil outra. Em virtude a essa desinformação, a família pediu o laudo de necropsia através da exumação”, disse Janiswoski ao G1. O advogado também afirmou que ele e a família de Tayná acreditam no trabalho do Ministério Público do Paraná. “Não nos damos por derrotados. Esperamos ansiosamente o oferecimento da denúncia por parte do MP”.

Inquérito prorrogado

No dia 13 de agosto, o delegado Guilherme Rangel, responsável pelas investigações sobre a morte da menina, informou que solicitou a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, que deveria ser entregue até dia 15.  Com a prorrogação, ele ganhou mais 30 dias para apontar um desfecho sobre o caso.

Tortura

O Ministério Público apresentou denúncia, no dia 1º de agosto, contra 21 suspeitos de tortura contra os quatro homens que haviam sido presos como suspeitos de matar e estuprar Tayná.

Dos 21 suspeitos de tortura, 16 são policiais civis, um é policial militar, dois são guardas municipais e dois são presos de confiança. Além da denúncia por prática de tortura, alguns também foram acusados por falso testemunho, lesão corporal de natureza grave e abuso de autoridade e crime de natureza sexual.

A repercussão do caso e dos possíveis erros na investigação inicial acabou respingando na cúpula da Polícia Civil. O então delegado-geral, Marcus Vinicius Michelloto foi substituído por Riad Braga Farhat, que comandava a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc).


SÃO BENTO AGORA PB Com G1PR

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