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terça-feira, 14 de maio de 2013

Médicos acusam governo de querer criar medicina para pobre


O presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed), Tarcísio Campos, participou na manhã de hoje de uma manifestação contra a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil, contratados para trabalhar no Sistema Único de Saúde (Sus). O ato público teve panfletagem e começou às 8h, na Avenida Dom Pedro II, em frente à sede do Conselho Regional de Medicina (CRM).

- É uma solução equivocada de trazer seis mil médicos para preencher os vazios do interior do país. No nosso entendimento, é uma burla e cria condição para criar uma janela para que outras profissões sofram as mesmas consequências. Não vai resolver o problema porque os médicos não têm a mínima condição de trabalhar no interior, onde não se pode fazer exames e nem há hospitais de retaguarda. Não se faz medicina apenas com estetoscópio no pescoço. Qualquer cidadão tem direito a ser atendido com medicina de qualidade. Não podemos criar medicina para rico e medicina para pobre.

O dirigente sindical defende a manutenção da revalidação do diploma e se opôs à hipótese cogitada pelo governo federal de dispensar a exigência.

Além disso, ele informou que a dificuldade em atrair médicos para o trabalho nas cidades interioranas se deve ao fato de não haver estabilidade trabalhista e os valores das remunerações, embora altos, não sejam anotados na carteira de trabalho.

- Eu desafio as prefeituras que oferecem salários de R$ 15 mil ou até R$ 25 mil se vão colocar isso na carteira assinada. Isso não poderá contar para a aposentadoria. Não é uma briga salarial. O problema é que nenhuma assina a carteira do médico e nem faz concurso com esse valor. Se fizesse, não faltaria médico.
SÃO BENTO AGORA PB Com Parlamentopb

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