(Montagem feita pelo SINTEP-PB que mostra outras arbitrariedades do governo do estado contra a educação)
Dezenas de professores da 8ª Gerência Regional de Educação, com sede em Catolé do Rocha/PB, que ingressaram no concurso público feito pelo governo do estado recentemente, tiveram uma redução que correspondem a mais de 50% dos seus vencimentos, em alguns casos, no mês de abril. Na cidade de São Bento/PB seis educadores da E.E.E.M. João Silveira Guimarães foram prejudicados. Na semana passada, após constar a redução em seus contracheques, os professores comunicaram à direção da escola, que imediatamente informou a 8 GRE. Hoje, a resposta que a Regional de Ensino anunciou foi que deve-se protocolar uma solicitação para receber o retroativo. O motivo para esse “erro” não foi divulgado, o que está levando os professores a pensar que foi de propósito. “Isso acontece com frequência, e na maioria das vezes para menos. Os erros para mais são raros e corrigidos no mês seguinte. E a correção dos erros para menos demora meses. Ano passado teve um caso que o valor só foi reposto no final do ano”, disse um dos professores. Ele já protocolou esse fato na Ouvidoria Geral do Estado sob o Nº Registro 014018 / Ofício Nº 0027/2013 SEG/OGE à Secretaria de Estado da Educação com cópia para a Secretaria de Administração.
Em contato direto feito com a Secretaria de Administração, a mesma informou que tais descontos podem ter ocorrido de acordo com a frequência informada pela Regional de Ensino. Indagando essa possibilidade com a GRE, a mesma disse que a frequência informada foi de fato a integral, e que, portanto não deveria ter acontecido desconto algum. “E ficamos nesse ping pong sendo jogados de um lado para o outro atrás de explicações enquanto a administração estadual foge da responsabilidade”, acrescentou o professor.
Com base nas duas tabelas divulgadas pelo governo do estado, o salário que esses professores receberam no mês de abril foi correspondente ao valor dos profissionais que estão de licença, fora da sala de aula. Mas o fato é que esses professores estão em pleno exercício de suas funções desde o dia 25 de janeiro de 2013 até o momento e não solicitaram nenhuma licença. Além dos casos conhecidos na região de Catolé do Rocha, outras centenas de denúncias foram publicadas no grupo do concurso no facebook
“O que queremos é apenas uma explicação. Se realmente foi erro, onde e por que aconteceu? Qual a garantia de que no mês de maio o salário estará correto? E o dinheiro que perdemos, existe algum prazo para recebermos? Fatos como esses mostram o total descaso dos governos com a educação e o desrespeito com os profissionais de ensino. Nos sentimos desmotivados para trabalhar com essa situação. Trabalhamos o mês de abril inteiro, e no final do mês nos surpreendemos com apenas a metade do nosso salário na conta”, disse um dos professores.
Alguns professores estão com receio de lutar pelos seus direitos por se encontrarem no estágio probatório. “Devemos agradecer os nossos direitos trabalhistas que gozamos hoje aos trabalhadores corajosos que lutaram por respeito e condições dignas de trabalho em tempos passados. Não podemos aceitar esse descaso que vem acontecendo todos os anos, com dezenas de trabalhadores da educação. Absurdos como esses devem acabar”, finalizou.
Fica aqui o espaço para eventuais esclarecimentos por parte da SEE (Secretaria Estadual de Educação).
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