Quatro caminhoneiros foram presos nos estados da Paraíba, Minas Gerais e São Paulo, acusados de integrar uma quadrilha de clonagem de cheques. As prisões ocorreram durante a ‘Operação Rota 171’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (25), pelas policias Civil, Rodoviária Federal e Ministério Público da Paraíba (MPPB). De acordo com o delegado de Defraudações da Polícia Civil, Francisco Yaslei (foto), a quadrilha causou prejuízo de mais de R$ 1 milhão.
Os mandados de prisão foram cumpridos em João Pessoa (1), Campina Grande (1), Betim-MG ( 1) e São Paulo (1), conforme informou Francisco Yaslei. Na Capital paraibana, a prisão ocorreu no bairro dos Bancários.
Cerca de 80 policiais civis da Paraíba, do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado do Estado de São Paulo (Deic-SP) e da Polícia Rodoviária Federal participam da operação para dar cumprimento aos cinco mandados de prisão preventiva e aos seis mandados de busca e apreensão expedidos pela 3a Vara Criminal de Campina Grande-PB.
Segundo o delegado, as investigações começaram após um caminhoneiro aplicar um golpe em um posto de combustíveis em Campina Grande. “Com a fraude no Posto Millenium, a gente começou a investigar e contatamos que a quadrilha estava enraizada em outros estados, mas a raiz era aqui na Paraíba”.
Após meses de investigações, a Polícia Civil da Paraíba identificou o modus operandis da quadrilha e a operação foi montada. “Eles recebiam os cheques legais dos contratantes, em seguida, os cheques eram enviados para São Paulo onde era feita a clonagem do documento. Com os cheques falsos, eles iam nos postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais e aplicam o golpe. Em alguns casos, eles recebiam o troco em dinheiro devido o valor alto do cheque”, comentou Francisco Yaslei.
Créditos: Jorge Filho
Durante seis meses de monitoramento da organização criminosa, mais de 18 integrantes da quadrilha foram presos em diversos estados, como Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco e Paraíba.
Os integrantes da quadrilha são acusados de praticar crimes como formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e documental, adulteração de sinal identificador de veículo e receptação. As penas somadas chegam ao máximo de 21 anos de reclusão.
O golpe
Segundo as investigações feitas pela Delegacia de Defraudações e Falsificações de Campina Grande e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB, toda a ação criminosa se dava através de clonagem e falsificação de cheques de empresas de transportes de cargas recebidos por caminhoneiros contratados por elas e em postos de combustíveis como cheques-troco.
Os caminhoneiros, sob o pretexto de estarem realizando transporte de carga (estória-cobertura), utilizam os cheques clonados para pagar o abastecimento e compras em postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais, provocando enormes prejuízos a essas empresas.
As investigações confirmaram que essa prática criminosa era permanente e ininterrupta e que para não serem identificados, os criminosos trocavam as placas originais dos caminhões por outras clonadas (já que nos postos de combustíveis a placa do veículo é anotada pelo frentista no momento do abastecimento).
Durante seis meses de monitoramento da organização criminosa, mais de 18 integrantes da quadrilha foram presos em diversos estados, como Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco e Paraíba.
SÃO BENTO AGORA PB Com PortalCorreio
0 comentários:
Postar um comentário