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segunda-feira, 25 de março de 2013

Hudson dá sua versão: 'Rasparam minha cabeça. algemaram minhas mãos e pés'

Hudson dá sua versão: 'Rasparam minha cabeça. algemaram minhas mãos e pés'









O Fantástico mostra um drama da vida real. Um ídolo sertanejo foi preso duas vezes no mesmo dia. O que está acontecendo com o cantor Hudson?
“Fizeram eu tirar minha roupa, colocaram roupa de presidiário em mim, rasparam a minha cabeça. Eu tomei um remédio para dormir, aí, de repente, eu acordei com o pessoal falando que eu estava indo para Tremembé. Aí algemaram minhas mãos, algemaram meus pés”, conta o cantor.
Foram três dias na cadeia. “Eu só fiquei triste porque é muito triste a gente pagar por um crime que não cometeu, entendeu? Porque eu não nasci para atirar nas pessoas, não nasci para fazer mal para as pessoas, apesar de ter essa cara de mal que eu tenho, entre aspas, dizendo assim, eu acho que pessoa mais caipira do que eu não existe”, diz Hudson.
O cantor sertanejo Hudson, da dupla Edson e Hudson, apresenta, com exclusividade ao Fantástico, a versão dele do que aconteceu esta semana.
Na madrugada da última quinta-feira, Hudson foi até a casa onde moram a ex-mulher do sertanejo e a filha deles em Limeira, a 150 quilômetros de São Paulo. Na casa, também vive Paulo, o atual marido da ex-mulher de Hudson.
O cantor diz que foi buscar um carro que havia dado para a filha, de 20 anos. "Eu fui buscar o carro da minha filha porque ela deveria ter trazido o carro em casa e não trouxe", ele conta.
Pouco tempo antes, ele tinha trocado mensagens agressivas por celular com a ex-mulher e o marido dela. Quando soube que Hudson estava a caminho, Paulo chamou a polícia. “Eu não sabia que forma que ele ia comparecer na minha casa, eu chamei alguém da lei que podia estar na hora, no momento pra... Porque eu não sabia o que ia acontecer”, ele conta.
“Aí na hora que eu cheguei na rua dela a polícia já estava meu esperando. Mandaram eu parar, eu parei imediatamente. Eles acharam as armas e me levaram”, lembra Hudson.
No carro a polícia encontrou uma pistola, um revólver, um canivete, uma faca e um soco inglês.
As duas armas de fogo estão registradas no nome do cantor, mas ele não tinha autorização para andar com elas na rua.
“Eu tenho um soco inglês no carro que eu uso nos shows. Eu sou muito ligado nesse negócio de algema, cinto, soco inglês, não pra bater nas pessoas. A arma estava guardada de uma forma que se eu precisasse pegar nem daria para pegar, que estava muito escondido, não estava com a arma assim perto da porta ou perto de algum lugar”, diz Hudson.
O delegado responsável pelo caso explica a ação policial: “No mínimo é temerário. No mínimo é temerário porque você pode no calor de uma discussão acabar utilizando arma”.
“Eu sempre tive fascínio por armas. Qualquer tipo de arma. Mas eu nunca tive arma para atirar nas pessoas, eu nunca atirei em alguém”, garante o cantor.
Na quinta, por volta das 3h, Hudson foi levado para a delegacia de Limeira. Saiu algumas horas depois, após pagar fiança de R$ 6 mil.
“Vou provar minha inocência, foi só um mal-entendido”, diz Hudson.
Foi para casa, mas no mesmo dia voltou para a prisão. “Eu cheguei em casa, dormi e, quando eu acordei, a Polícia Militar já estava dentro da minha casa”, lembra.
Uma denúncia anônima levou os policiais até o local. Lá foram encontradas mais armas: uma pistola, uma carabina, munição e equipamentos que só podem ser usados pelas forças armadas.
“Você viu que eu moro numa casa de 50 mil metros que é uma chácara, eu acho normal numa chácara alguém ter uma espingarda, ou coisa assim, apesar de que eu, graças a Deus, nunca matei ninguém. Eu não atiro nem em pombo, nem em passarinho”, conta Hudson.
Hudson pratica tiro ao alvo em um clube em Limeira. Na casa dele, os policiais também encontraram maconha.
“Eu não sei da onde saiu aquela droga. Porque a única droga que tem nessa casa é eu e o Edson mesmo. Porque eu já usei já, eu fiz tratamento, hoje eu tomo calmante, eu realmente tenho coisas muito melhores para fazer na minha vida do que usar droga”, afirma.
Os irmãos Wellington e Udson Cadorini, conhecidos como Edson e Hudson, cantam juntos há mais de 30 anos. Ficaram famosos pela mistura do sertanejo com o rock. Mas a dupla se separou entre 2010 e 2011 por problemas pessoais. Entre eles, a bebida.
“Pra mim, a bebida só me atrapalhou. E pra ele também. Bebida ajuda alguém?”, diz Edson.
O pai deles fala que se preocupa muito com o filho: “O Hudson é um menino bom, mas bebe demais, está bebendo muito. E bebe muito whisky, sabe, muito whisky demais. Então, sinto que ele está fraquejado mesmo. Muito magro. Ele não come. Meu filho está doente! Ele canta doente”.
Depois da morte de Larissa, outra ex-mulher do cantor, no fim do ano passado, Hudson diz que entrou em depressão.
“A vida que eu estava vivendo para morrer seria melhor. Então eu acabei emagrecendo, estava bebendo demais, fumando muito cigarro”, diz Hudson.
Agora, depois de duas prisões no mesmo dia, ele diz que ficou assustado: “Tudo o que for ruim, que fazia mal para minha saúde, eu não quero mexer mais”.
“Com a bebida eu já diminui 90%. Não vou dizer que eu não bebo porque não sou hipócrita. E eu gosto de tomar um uisquezinho de vez em quando.
Hudson responderá em liberdade por porte ilegal de armas. “Eu estou dando essa explicação porque eu devo, peço aos meus fãs que se decepcionaram comigo, mas não estou com dor na consciência de que eu estraguei minha carreira, principalmente porque não fiz por querer”, garante.

SÃO BENTO AGORA PB Com Fantástico

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