Um acordo celebrado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) pôs fim a greve dos funcionários da Eenergisa, que começou na segunda-feira (18).
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Paraíba, Wilton Maia, "houve maturidade por parte dos trabalhadores e da empresa na construção de uma nova relação".
Todos os benefícios são retroativos a novembro do ano passado. O ponto dos trabalhadores terá abono das faltas no período da greve. A categoria realizou assembleia na manhã desta sexta-feira (22) e já retomou o trabalho de campo.
Com o acordo, a Energisa concedeu aos trabalhadores um reajuste de 6%, fazendo com que o piso salarial fique na ordem de R$ 700; ticket alimentação na ordem de R$ 590, abono anual de R$ 300 e o reajuste de benefícios no campo social.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores disse que a empresa reconhece que precisa equacionar esses benefícios sociais e que abriu uma agenda para discutir a isonomia entre os que atuam na Capital e os que atuam no interior do Estado. "São muitos pontos da isonomia social, como o auxilio creche, o auxílio para portadores de deficiência física e ônibus no interior para transporte de trabalhadores", disse.
Segundo Wilton Maia, a paralisação atingiu 222 municípios do Estado. "A partir de agora as nossas revindicações serão recebidas de forma diferente. A greve não é um confronto para saber quem tem mais força, mas uma maneira que dispomos para harmonizar a relação de trabalho. A Energisa é uma empresa muito grande, muito organizada e os trabalhadores gostam de trabalhar nela", comentou.
A exceção na greve era a capital João Pessoa, cujo sindicato local já havia assinado um acordo coletivo.A Justiça ordenou, através de liminar, que fosse liberado 40% do efetivo de trabalhadores, alegando se tratar de um setor de serviços essenciais. Caso o sindicato descumprisse a determinação, teria que pagar multa diária de R$ 20 mil.
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