Cerca de 400 policiais federais saíram nas ruas da região metropolitana de João Pessoa por volta das 5h30 da manhã desta sexta-feira com o intuito de prender policiais suspeitos de integrarem grupos de extermínio, de segurança privada e ainda extorsão de traficantes.
A operação denominada Squadre está cumprindo 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, o que totaliza 75 medidas judiciais. As investigações que deram início à operação começaram a cerca de 1 ano.
Entre os presos na ação estão integrantes de três diferentes milícias. A primeira é composta por policiais militares e civis, um agente penitenciário e particulares, que atuavam como grupo de extermínio. As vítimas eram em geral presos e ex-presidiários, assassinados em razão de acertos de contas.
A segunda era encabeçada por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, e usava uma empresa em nome de laranjas. O grupo contava também com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, e também está sendo investigado pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Já o terceiro grupo investigado é formado por policiais civis e militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos.
De acordo com a PF os três grupos também estão ligados ao tráfico de armas e munições.
A investigação que está sendo coordenada pela polícia Federal tem o apoio do Ministério Publico Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba.
De acordo com a assesoria da Polícia Federal, até o momento mais de 50 pessoas foram presas, entre elas dois agentes penitenciários, dois delegados, um funcionário do Detran-PB, um tenente-coronel e um major, além de policiais civis e militares.
No bairro de Mandacaru, os policiais invadiram uma casa na Avenida Iaiá Paiva, a rua foi cercada, mas dois policiais militares que moravam no local não foram encontrados. O imóvel foi revistado e documentos foram levados.
A Polícia Federal está realizando entrevista coletiva no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Cabedelo, onde está apresentando mais detalhes da ação.
Até o momento foram divulgados os nomes de majores e dois delegados que estariam envolvidos nos crimes, são eles: Major Gutemberg e Nascimento, que teriam criado uma empresa, a Fator, para operar as irregularidades e os delegados Alberto Jorge Dias e Edilson Araújo.
SAOBENTOAGORAPB Com PB Agora
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