No bairro de Mandacaru, na Capital, os policiais invadiram uma casa na Avenida Iaiá Paiva. A rua foi cercada, mas dois policiais militares que moravam no local não foram encontrados. O imóvel foi revistado e documentos foram levados.
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Federal, a operação tem o objetivo de desarticular grupos de milicianos, compostos por integrantes de forças policiais locais e particulares, que atuavam em todo o estado, realizando segurança privada clandestina com emprego de mão de obra não-habilitada, despreparada e portando armamentos ilegalmente.
Durante a investigação das organizações criminosas desarticuladas constatou-se, ainda, a prática de diversos crimes, dentre os quais o tráfico ilícito de armas, lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção e a atuação de um grupo de extermínio. Entre os presos na Operação Squadre estão integrantes de três diferentes milícias.
Estão sendo cumpridos 45 mandados de prisão, 11 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão, totalizando 75 medidas judiciais. Cerca de 400 policiais participam de operação.
Será realizada entrevista coletiva no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal, às 9h30, localizada na BR 230, Km 7, Praia de Ponta de Campina, Cabedelo/PB.
Mais criminosos
O outro grupo de extermínio era comandado por oficiais da Polícia Militar e realizava segurança privada clandestina, bem como comércio ilegal de armas e munições, usando para isso uma empresa em nome de “laranjas”. O grupo criminoso, que contava também com o apoio de um Delegado da Polícia Civil da Paraíba, é investigado, ainda, pela prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
Outra quadrilha de milicianos é formada por policiais civis, policiais militares e um agente penitenciário, que atuava extorquindo traficantes de drogas, assaltantes de banco e outros criminosos. Os três grupos criminosos estão interligados pelo tráfico ilegal de armas e munições.
Cooperação
A investigação, coordenada pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba, começou há cerca de um ano e sua execução contou com a participação do COT (Comando de Operações Táticas da Polícia Federal) e dos GPIs (Grupos de Pronta Intervenção da Polícia Federal) de diversos estados.
SAOBENTOAGORAPB Com Portal Correio
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