O pedreiro Wellington Rodrigues Barbosa encontrou uma pasta com mais de R$ 50 mil em dinheiro e cheques pré-datados, procurou os donos e devolveu a quantia no município de Catalão, região sudeste de Goiás, na última sexta-feira (28). O material pertence ao diretor-administrativo Adair Silva Rosa, que a perdeu quando saiu do trabalho carregando vários volumes. Na pasta perdida estava a movimentação financeira da escola em que trabalha.
A quantia que estava dentro da pasta estava sendo levada para um cofre e seria usada no pagamento de despesas e investimentos no colégio. Toda direção da escola ficou apreensiva com o possível rombo. “Eu fiquei muito desesperado.
Chamei um carro de som e mandei anunciar durante uns 30 minutos nas imediações que foi perdida uma pasta vermelha contendo vários documentos e alguma quantia em dinheiro e cheques”, contou o diretor-administrativo da escola Adair da Silva Rosa.
O que os diretores da escola não esperavam é que a mala fosse encontrada e devolvida. “Eu estava vindo com a minha filha do serviço dela, indo para casa, e, ao passar na porta do colégio, tinha uma bolsa no chão. Aí, quando chegamos à nossa casa, a minha filha abriu a bolsa, e viu que era uma quantia bem grande em dinheiro”, relata o pedreiro.
Wellington não quis ficar com o dinheiro e foi tentar descobrir a quem a pasta pertencia. “Fomos a duas rádios, não tinha anúncio de perda, fomos a um estabelecimento comercial da cidade e eles disseram que não era deles. Quando eu voltei, o meu filho falou que já tinha conseguido localizar quem era o pessoal dono do dinheiro”, conta o trabalhador.
O diretor-administrativo da escola, Adair Silva Rosa, e o diretor pedagógico, Cesomar Costa de Almeida, fizeram questão de ir a casa do pedreiro para agradecer. “É um gesto digno, de muita honestidade, de muito elogio”, destaca Adair.
Para os sócios do colégio, gestos como o de Wellington merecem ser reconhecidas. “Isso aí vai servir como lição para muitas pessoas, de que a honestidade vale a pena”, diz Cesomar.
Já Wellington diz se sentir tranquilo por ter feito a coisa certa. “Para falar a verdade, esse dinheiro era o dinheiro que eu precisava no momento, mas a honestidade fala mais alto nestas horas. Não adiantava socorrer minha família e a minha consciência ficar pesada”, conclui.
O pedreiro que devolveu a pasta precisaria de dois anos de trabalho para ganhar a quantia encontrada. De acordo com os diretores da escola, como recompensa, eles darão uma bolsa de estudos ao filho de 13 anos de Wellington, que passará a estudar de graça na instituição a partir do próximo ano.
SAOBENTOAGORAPB Com G1
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