Dois policiais acusados de corrupção atiraram em colegas que fariam um flagrante de extorsão, sem saber que os chantagistas eram PMs, na madrugada desta terça-feira, 3, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Um dos suspeitos acabou morto e outro, que trabalhava na ocorrência, foi baleado na cabeça e está em estado grave.
O caso teve início quando policiais do 29.º Batalhão, responsável pela zona leste da capital, abordou um Passat e seus dois ocupantes com atitudes suspeitas. Eles levavam cerca de R$ 1 mil, dinheiro que estaria sendo extorquido. Os PMs então decidiram armar o flagrante - ainda sem saber que a dupla era extorquida por dois policiais, que os ameaçava prender por tê-los encontrado com papelotes de cocaína horas antes.
Assim, o tenente Luan Pereira Guerreiro, de 26 anos, fez com que o sargento Sérgio Alex Simão de Oliveira, de 43, e o soldado Wilian Alvez Ruiz, de 26, vestissem roupa de civil, assumissem o Passat e fossem ao local marcado para a entrega do dinheiro, no bairro dos Pimentas. Duas viaturas da Força Tática acompanharam o veículo particular, com mais seis PMs e os dois civis extorquidos.
No local, um Renault Logan e um Fiat Palio estacionaram e um dos homens foi em direção ao Passat. Ao notar que não se tratava dos homens com quem tinha negociado, o soldado Gilmar Matias dos Santos, de 32 anos, atirou na cabeça do soldado Ruiz. O sargento Alex revidou o disparo, matando-o. O outro homem que receberia a propina tentou fugir, atirando contra os policiais. Identificado como soldado Anderson Roberto dos Santos, de 31, acabou se rendendo e contando que era policial.
Bom comportamento. Ambos trabalhavam no 44.º BPM, de Guarulhos, e usavam pistolas calibre .40 da corporação. Santos, que morreu, estava na PM havia 11 anos e tinha quatro punições administrativas. Anderson, havia dez anos, só uma punição.
O comportamento dos dois era considerado bom e o incidente foi recebido com surpresa no batalhão. O comando da PM proibiu qualquer tipo de homenagem ao PM corrupto morto. Já o outro foi autuado em flagrante por concussão (extorsão praticada por funcionário público) e tentativa de homicídio. Ele poderá ser expulso. Até a noite de ontem, ele estava preso na Corregedoria da PM e deveria ser levado para o Presídio Militar Romão Gomes.
As vítimas da extorsão serão ouvidas como testemunhas. "A Polícia Militar está nas ruas, trabalhando. Essa ocorrência choca por ser policial contra policial. Não compactuamos com esse tipo de atitude de ninguém, muito menos por parte da polícia, que é quem tem obrigação legal de proteger a sociedade e, em vez disso, está cometendo crimes", disse o major Ironcides Gomes Filho, da Corregedoria. O soldado Ruiz, que está em estado grave, casou-se há dois meses.
Expulsões
- 1.036 policiais militares foram excluídos da corporação paulista entre 2008 e 2011, média de 259 por ano.
- 65 foram excluídos entre janeiro e maio deste ano.
O caso teve início quando policiais do 29.º Batalhão, responsável pela zona leste da capital, abordou um Passat e seus dois ocupantes com atitudes suspeitas. Eles levavam cerca de R$ 1 mil, dinheiro que estaria sendo extorquido. Os PMs então decidiram armar o flagrante - ainda sem saber que a dupla era extorquida por dois policiais, que os ameaçava prender por tê-los encontrado com papelotes de cocaína horas antes.
Assim, o tenente Luan Pereira Guerreiro, de 26 anos, fez com que o sargento Sérgio Alex Simão de Oliveira, de 43, e o soldado Wilian Alvez Ruiz, de 26, vestissem roupa de civil, assumissem o Passat e fossem ao local marcado para a entrega do dinheiro, no bairro dos Pimentas. Duas viaturas da Força Tática acompanharam o veículo particular, com mais seis PMs e os dois civis extorquidos.
No local, um Renault Logan e um Fiat Palio estacionaram e um dos homens foi em direção ao Passat. Ao notar que não se tratava dos homens com quem tinha negociado, o soldado Gilmar Matias dos Santos, de 32 anos, atirou na cabeça do soldado Ruiz. O sargento Alex revidou o disparo, matando-o. O outro homem que receberia a propina tentou fugir, atirando contra os policiais. Identificado como soldado Anderson Roberto dos Santos, de 31, acabou se rendendo e contando que era policial.
Bom comportamento. Ambos trabalhavam no 44.º BPM, de Guarulhos, e usavam pistolas calibre .40 da corporação. Santos, que morreu, estava na PM havia 11 anos e tinha quatro punições administrativas. Anderson, havia dez anos, só uma punição.
O comportamento dos dois era considerado bom e o incidente foi recebido com surpresa no batalhão. O comando da PM proibiu qualquer tipo de homenagem ao PM corrupto morto. Já o outro foi autuado em flagrante por concussão (extorsão praticada por funcionário público) e tentativa de homicídio. Ele poderá ser expulso. Até a noite de ontem, ele estava preso na Corregedoria da PM e deveria ser levado para o Presídio Militar Romão Gomes.
As vítimas da extorsão serão ouvidas como testemunhas. "A Polícia Militar está nas ruas, trabalhando. Essa ocorrência choca por ser policial contra policial. Não compactuamos com esse tipo de atitude de ninguém, muito menos por parte da polícia, que é quem tem obrigação legal de proteger a sociedade e, em vez disso, está cometendo crimes", disse o major Ironcides Gomes Filho, da Corregedoria. O soldado Ruiz, que está em estado grave, casou-se há dois meses.
Expulsões
- 1.036 policiais militares foram excluídos da corporação paulista entre 2008 e 2011, média de 259 por ano.
- 65 foram excluídos entre janeiro e maio deste ano.
SAOBENTOAGORAPB Com Estadão/Mazelas Policiais
Blog Combate Policial
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