Os municípios de Santa Rita e Alhandra, além da região entre Campina Grande e Queimadas estão no páreo para receber a primeira fábrica de veículos da Paraíba, do grupo Caoa. O município de Cabedelo ainda chegou a ser cogitado, mas foi descartado por falta de estrutura viária, conforme revelou nesta quinta-feira (21) o gerente da Hyundai Caoa de João Pessoa, Danilo Tyrone.
Ele confirmou que a maior probabilidade é que os veículos produzidos sejam da marca chinesa Great Wall, como antecipou reportagem do Correio há três semanas. “Mas ainda pode mudar. Ainda estão em negociação”, advertiu.
Com o anúncio, ficam de fora da disputa os municípios de João Pessoa e do Conde, que também pleiteavam sediar o empreendimento. Segundo o gerente da Hyundai Caoa, a implantação da fábrica deverá aumentar em aproximadamente cinco mil veículos de grande porte trafegando nas rodovias do Estado, principalmente no entorno do município sede. “O município que está sendo mais cotado é Alhandra, por causa da proximidade com o porto (de Cabedelo), a estrutura viária e também a capacidade de crescimento junto com a fábrica”, comentou.
Danilo informou que a visita do presidente e fundador do grupo, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, à Paraíba, que estava prevista para o próximo dia 25, não está confirmada porque alguns representantes de secretarias e órgãos públicos provavelmente não estarão presentes no Estado. “Mas também não está cancelada. Estamos organizando todos os preparativos para definir a melhor data”, disse.
Carlos Alberto de Oliveira Andrade
Juntamente com Carlos Alberto, virá à Paraíba uma comitiva de empresários que fazem parte da cadeia de produção automotiva, além dos técnicos e engenheiros que avaliarão as condições físicas dos municípios que serão visitados.
O Grupo Caoa é o maior revendedor da Ford na América Latina. Além da marca, o grupo também tem revendas Subaru, que comprou de Benjamin Steinbruch, e é importador exclusivo da Hyundai. Conforme Carlos Alberto, a unidade irá fabricar seis modelos de veículos, um deles nacional. O projeto inicial prevê a atração de até 40 empresas fornecedoras diretas. O investimento será da ordem de R$ 600 milhões e, conforme projeção do empresário, a expectativa é de que, aproximadamente, 80 mil empregos diretos e indiretos sejam criados.
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