Foto: ilustrativa
O Conselho Tutelar da cidade de Guarabira, no Brejo do estado, está investigando a existência de uma rede de prostituição infantil que estaria recrutando crianças e adolescentes para serem abusadas sexualmente em cidades do vizinho estado do Rio Grande do Norte.
A confirmação foi feita na tarde deste domingo (20) pela conselheira Jussara Cunha, depois que ela e os demais profissionais, receberam a informação do desaparecimento de uma menina de apenas 14 anos de idade. “A jovem vivia com os avós e há mais de nove dias havia desaparecido. Na tarde de hoje descobrimos que ela estava escondida na casa de uma outra criança, de 12, na comunidade do Rabo da Lacraia, no bairro do Nordeste II. Quando chegamos lá, encontramos a menina e descobrimos toda a história” declarou a conselheira.
De acordo com as investigações a menina de 14 anos – que já estava dando muito trabalho aos avós porque fugia de casa frequentemente – recebeu o apoio da mãe da outra adolescente, que possivelmente sabia de todo o esquema. “Além delas duas, ainda existe uma outra menina de 13. A jovem que foi localizada hoje contou todos os detalhes do esquema. Disse que saiu de casa e durante três dias, ficou pelas ruas de Guarabira, principalmente durante a noite. Há cinco dias, as meninas conseguiram uma carona e estavam na cidade de Nova Cruz, no vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Lá ficaram em um bar, possivelmente se prostituindo e usando drogas. Acreditamos que esta realidade é antiga e conta com o apoio de outras pessoas que estariam levando essas crianças para lá” completou.
A jovem de 14 anos foi encontrada com várias escoriações no corpo. Quando questionada, ela contou que se machucou depois que sofreu um acidente de moto. “Ela contou que estava no bar em Nova Cruz quando saiu com um amigo de moto e em uma curva, eles caíram. Inclusive existem registros do atendimento da menina no hospital da cidade” comentou Jussara.
O caso está preocupando o Conselho Tutelar, que neste domingo, realizou várias oitivas com as adolescentes e seus familiares, e, já começou a fazer um relatório que deverá ser encaminhado emergencialmente ao Ministério Público. A Polícia Civil também está acompanhando o caso.
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