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sábado, 14 de abril de 2012

Corpo de brasileira desaparecida há 15 anos é achado na Argentina


O corpo de uma pianista brasileira desaparecida há 15 anos - e há pelo menos uma década procurada pela Interpol - foi encontrado na tarde desta sexta-feira, 13, em Buenos Aires.
Ele estava sob o assoalho de um apartamento no primeiro andar de um prédio em pleno centro portenho, na Avenida Corrientes, 951, a meio quarteirão do Obelisco, o monumento-símbolo da capital argentina.
                                         Obelisco. Apartamento fica a meio quarteirão de monumento.

 O apartamento fica entre as Ruas Cerrito e Suipacha, área onde se concentra grande parte dos teatros da capital argentina. O setor, com grande movimento de pedestres, é frequentado por portenhos e turistas. Mas os prédios residenciais da área são considerados decadentes.
A polícia, que não divulgou o nome da brasileira, indicou que ela teria sido assassinada em 1997 por seu marido, um argentino. O homem morreu três anos depois do desaparecimento da pianista, aos 60 anos, por problemas pulmonares. A Polícia Federal argentina realizará exames de DNA para comprovar a identidade da vítima.
Após a morte do argentino, o apartamento foi vendido em 2001 aos atuais donos. Os restos mortais da pianista - que tinha 50 anos na época da morte - foram encontrados por um grupo de operários que estavam levantando o assoalho de um dos quartos do apartamento. Ao verem os ossos, os pedreiros se assustaram e chamaram a polícia.
Carteira. O cadáver, do qual somente restavam ossos e cabelos, estava embrulhado em um lençol, "em avançado estado de decomposição", segundo a polícia argentina. Ao lado do corpo, investigadores encontraram uma carteira com documentos da brasileira desaparecida.
Segundo eles, não era possível fazer uma análise rápida das lesões que teriam provocado a morte da mulher, já que o estado do corpo não propiciava maiores pistas. Policiais indicaram que os dados sobre sua morte ficarão claros somente após a necropsia.
De acordo com a polícia argentina, em 1997, quando a brasileira desapareceu, seu marido explicou que os dois haviam tido "problemas de casal" e ela havia voltado ao Brasil. Mas a família da pianista nunca mais teve notícias dela, fato que levou seus parentes a denunciar o desaparecimento na Interpol.
A polícia argentina suspeita que o namorado argentino da pianista brasileira foi o autor do assassinato. Ele teria enterrado o corpo na própria casa, cobrindo os restos mortais com uma capa de cimento. Para arrematar, colocou um novo assoalho.
Família. Fontes policiais ainda disseram que a família da pianista brasileira foi informada sobre a descoberta do cadáver. Parentes devem viajar para Buenos Aires nos próximos dias, acompanhados por integrantes da Polícia Federal do Brasil.

Pollyana Sorrentino

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