O suspeito pela morte do diretor distrital da rede de supermercados Walmart, Leandro Rogério dos Santos, 36, entregou-se nessa sexta-feira (16) em uma delegacia de Belo Horizonte (MG). O crime aconteceu no último dia 7, em Contagem, na região metropolitana da capital mineira.
Segundo a assessoria da Polícia Civil mineira, o suspeito, chamado José Luiz Filho, 25, é garoto de programa e, até o dia do assassinato, teria se encontrado duas vezes com o diretor da rede de hipermercados.
Segundo a assessoria da polícia, Luiz Filho apresentou-se no Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio e, em razão de um mandado de prisão temporária contra ele, foi preso e encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem. Ainda conforme a assessoria, o suspeito será apresentado à imprensa nesta segunda-feira (19).
O corpo da vítima foi encontrado na tarde do dia seguinte, sem roupas e enrolado em um lençol e com um corte profundo na garganta, em um dos cômodos de uma casa situada em um condomínio de Contagem.
Investigação
O Delegado Islande Batista, do Departamento de Operações Especiais (Deoesp-MG), havia revelado que investigações preliminares apontaram ser o suspeito conhecido da vítima, que teria permitido a entrada dele no imóvel. A morte de Santos ocorreu na noite do último dia 7, data em que ele saiu pela manhã, de São Paulo, com destino a Minas Gerais, para onde ia quinzenalmente.
“Não foram encontrados sinais de arrombamento, o que nos leva a crer que a vítima franqueou a entrada dele”, disse o policial, durante entrevista coletiva à imprensa, no dia 9 de março. De acordo com ele, foram encontradas provas de os dois terem feito uma refeição na casa, na noite do crime.
O delegado afirmou que a hipótese mais provável é que Santos tenha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte). Após a prisão do suspeito, a investigação passa agora a tentar estabelecer o perfil da relação entre os dois. Um notebook e o carro de Santos foram levados do local.
Últimos passos
Segundo a polícia, o diretor trabalhava havia 16 anos na empresa e, recentemente, tinha sido designado diretor distrital da unidade da rede localizada em Contagem (MG). Durante a permanência na cidade mineira, Santos utilizava a casa alugada pela empresa no condomínio.
Conforme a investigação, o diretor saiu na manhã de São Paulo, no dia 7 deste mês, com destino à unidade mineira da rede. Ele chegou à empresa na parte da tarde, em carro que também pertencia ao grupo. Após o compromisso profissional, Santos se dirigiu ao condomínio. No dia 8, segundo a polícia, o funcionário tinha reunião marcada pela manhã, com colegas de trabalho, mas não apareceu.
De acordo com o delegado, funcionários da empresa foram alertados, por volta das 10h30, sobre um homem que tentava fazer saque de alto valor na conta de Santos, utilizando-se da carteira de motorista dele e de um cartão bancário. Inicialmente, colegas de trabalho pensaram se tratar de um sequestro-relâmpago e chamaram a polícia.
“Verificaram que o homem que se apresentou tentava se fazer passar pela vítima”, revelou o delegado, afirmando que, desconfiado da demora em ter a solicitação atendida, o homem fugiu da agência, situada em Contagem (MG). Batista disse que peritos checaram imagens do circuito interno do banco e conseguiram identificar o suspeito.
Em seguida, policiais civis foram até o condomínio onde, de posse de uma chave cedida pela direção do local, entraram na casa. Os policiais encontraram o corpo de Santos em um dos quartos da casa, cuja porta precisou ser arrombada.
“Havia marcas de cortes nos braços, sugerindo que ele tentou se defender do agressor”, disse Batista. A arma do crime não foi localizada, bem como o carro utilizado pela vítima. Segundo o delegado, o condomínio possui câmeras de segurança, mas o local não mantém arquivo de gravação. Ele salientou que os porteiros foram ouvidos preliminarmente, mas disseram não ter detectado a presença do suspeito no condomínio, já que os condôminos possuíam aparelho de controle remoto que lhes permitia abrirem o portão sem a necessidade de serem parados na portaria.
Fonte:UOL
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