Após tomar posse como novo presidente da Juventude Nacional do PMDB, Marco Antônio Cabral, 20, filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse ser favorável à liberação da maconha e defendeu um debate sobre a droga no G20, grupo dos países mais ricos do mundo.
“Eu sou favorável [a liberação da maconha] a nível mundial. Discutir isso internamente no Brasil não adiantaria muita coisa. A liberação da maconha é uma tendência natural. O caminho correto para discutir esse tema seria reunir o G20 e conversar a respeito”, disse em entrevista.
A posse do filho do governador aconteceu em evento organizado pelo PMDB na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e contou com a participação de cerca de 500 pessoas, entre elas líderes partidários como o próprio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o senador Roberto Requião (PMDB-PR). O partido não divulgou quanto gastou para promover o encontro, que termina no próximo domingo e foi convocado exclusivamente para oficializar a troca na presidência.
"Não desejo que meus filhos usem drogas", disse Cabral, em 2010
Marco Antonio era vice-presidente da Juventude desde 2009 e assume a vaga de Gabriel Souza, que deixa o comando da ala do PMDB para concorrer a uma vaga de vereador em Porto Alegre. O mandato do herdeiro de Cabral vai até 2013.
Estudante do terceiro ano de Direito da PUC-RJ, Marco Antonio disse que não tem interesse em exercer a profissão e que a presidência da Juventude “caiu no seu colo”. Questionado se pretende disputar algum cargo nas próximas eleições, disse que, por hora, não. “Tenho vontade [de ser candidato], mas não agora”, declarou.
O evento acontece dias depois de os principais adversários políticos de Cabral no Rio de Janeiro, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), anunciarem uma aliança e lançarem a chapa com seus filhos, Clarissa e Rodrigo, respectivamente, para concorrer à Prefeitura do Rio contra o atual prefeito do PMDB.
“Algumas pessoas já falaram que eu estou me beneficiando da imagem do meu pai. Não vou negar que ser o filho do governador do Rio me ajudou a entrar na política. Sempre convivi com muitas personalidades e, desde 12 anos, estou sempre participando do cotidiano do partido”, disse.
Da Redação com UOL
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