sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Polícia prende trio de traficantes e apreende várias drogas em apartamento de luxo na Capital; foto

Na noite desta quinta-feira (9), a Polícia Militar conseguiu prender uma quadrilha de traficantes em dois apartamentos de luxo, em bairro nobre de João pessoa.
O chefe do bando é um mineiro, Wilker Fernandes Peçanha, que foi preso no condomínio Costa Azul, no Manaíra. Com ele a polícia apreendeu uma adolescente, um carro de luxo Ford Fusion com placa EMF 7080 de Taboão da Serra-SP e 1,5 kg de pasta de cocaína. De acordo com informações da PM, o acusado reside em João Pessoa há quatro anos. Horas antes foram presos em outro apartamento de luxo também no Manaíra, Danilo Augusto de Oliveira, Euller Aquino Clemente e Catarina Lucena Cavalcanti. Com eles a polícia apreendeu várias drogas, entre elas, cocaína, maconha, além de vários comprimidos de ecstasy – drogas sintéticas-, como também três balanças de precisão. A droga provavelmente abasteceria as festas de pré-carnaval e Carnaval na Paraíba. Um comprimido de ecstasy é vendido nas festas pelo valor de R$ 50
a R$ 100, dependendo do nível dos freqüentadores. Eles foram encaminhados para 12ª DD em Tambaú. A polícia ainda apreendeu R$ 2.500 em dinheiro.
Efeito do ecstasy O efeito do ecstasy pode durar em média oito horas, mas isso varia de acordo com o organismo. Em pessoas que possuem maiores quantidades de enzimas metabolizadoras, o efeito do ecstasy pode durar menos tempo. À medida que as enzimas do organismo metabolizam as toxinas, elas produzem também metabólitos ativos que continuam exercendo atividade psicoativa, como se fosse a própria droga, mas com efeitos não muito agradáveis, que podem durar por mais algumas horas. Os usuários dessa droga sentem aumento do estado de alerta, maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão. Após o uso da droga ocorrem alguns efeitos indesejados, como aumento da tensão muscular e da atividade motora, aumento da temperatura corporal, enrijecimento e dores na musculatura dos membros inferiores e coluna lombar, dores de cabeça, náuseas, perda do apetite, visão borrada, boca seca, insônia, grande oscilação da pressão arterial, alucinações, agitação, ansiedade, crise de pânico e episódios breves de psicose. O aumento no estado de alerta pode levar à hiperatividade e à fuga de ideias. Nos dias seguintes ao uso da droga o usuário pode ficar deprimido, com dificuldade de concentração, ansioso e fatigado. O uso a longo prazo do ecstasy causa muitos prejuízos à saúde. O excesso de serotonina na fenda sináptica provocado pelo uso da droga causa lesões nas células nervosas irreversíveis. Essas células, quando lesionadas, têm seu funcionamento comprometido, e só se recuperam quando outros neurônios compensam a função perdida. Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga comprovam a perda da atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole e morte súbita por colapso cardiovascular. O uso do ecstasy pode causar lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado. No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos. O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação, parar de transpirar, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio. Ainda não há estudos que comprovem que o ecstasy provoca dependência física, mas também não podemos afirmar que isso não irá acontecer. Priscila Andrade com Emerson Machado da Tv Correio

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