segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Centenas de cidades da Paraíba devem ficar sem delegados; saiba porquê

Centenas de municípios paraibanos devem ficar sem delegados já a partir dos próximos dias. A ameaça foi anunciada hoje por Cláudio Lameirão, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel). Lameirão explicou que as delegacias do interior ficarão sem delegado plantonista em função de portaria publicada na última quinta-feira pelo pelo secretário de Defesa Social e Segurança Pública, Cláudio Lima, reduzindo para 150 horas/mês o trabalho dos delegados. Antes, as autoridades policiais trabalhavam 160 horas. E recebiam, por isso, uma complementação prevista em Lei, com banco de folgas ou hora extra. A complementação foi extinta pela portaria. O adendo compensava os delegados por estender a atuação a diversos municípios circunvizinhos - cobrindo, desta forma, o deficit de delegados em relação ao número de delegacias. Atualmente, a Paraíba tem 250 delegados na ativa e 296 delegacias em funcionamento. Segundo Lameirão, o Estado possui o segundo menor efetivo do Brasil.
O Presidente da Adepdel também informou que, em 2009, a categoria conseguiu que os delegados recebessem a compensação. "Com essa redução no número de horas, o delegado não terá tempo de cobrir toda a região. E nenhum de nós irá trabalhar gratuitamente", disse Lameirão. Ele exemplificou: "Tem delegado no interior que é responsável por 10 cidades. Com esse número reduzido de horas, ele não dará conta de tanto trabalho, incluindo a noite, fins de semana e feriados. Não estamos entendendo o porquê dessa redução se os crimes só aumentam", acrescentou. Cláudio Lameirão também comparou o trabalho da Polícia Civil ao da Militar. "Sem qualquer tipo de crítica. Nós reconhecemos o trabalho da Polícia Militar, mas porque só a gente sofreu com isso?", declarou. Greve A categoria não descarta a possibilidade de entrar em greve por tempo indeterminado. "Nossa intenção é nos reunirmos com o Governador para tratar sobre o banco de horas e a contratação de novos profissionais. Se isso não ocorrer, vamos ser obrigados a decidir pela greve. Ela não está descartada", concluiu. Felipe Silveira

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